Guarda Civil e Dra. Rosvita Pierri, depois Bersh

 Concurso para Guarda Civil 1955

Cartão de identificação para o concurso, no qual fui aprovado (1955).

Pretendo aqui recontar a história desta fase de nossas vidas. Intenção de noivar e casar, sem renda, dependendo sustentação por parte de minha família. Meu primeiro emprego, mediado pela minha namorada, que revelara para uma colega de turma da medicina nossos planos. Rosvita Pierri, cujo pai Rodolfo Pierri era o Delegado da 1a. Delegacia da Capital. Deu-me um cartão de apresentação para o Diretor do Quartel da Guarda Civil, Dr. Pompílio Fernandes, que me admitiu provisoriamente em setembro daquele ano, como auxiliar do Serviço Médico da Corporação, dirigido pelo Dr. Carlos Bento (eu estava no 3o. ano do curso médico). Posteriormente, fiz concurso para Guarda Civil e de Trânsito. Aprovado fui admitido como GC de 1a. Classe, posteriormente promovido para 2a., e nessa condição permaneci até 1961 (quando já formado há dois anos), apresentei-me, junto com minha esposa, para carreira de Médico Clínico do Estado. Ela havia se formado no ano anterior.

Pretendo contar mais algumas histórias da época e ilustrar com mais algumas fotografias.

Foto da Rosvita, se possível com outro colega com o qual casou, Paulo Genes Bersch e que fora colega dela no Curso Científico da  Escola Olavo Bilac.

Há não muito tempo andei tomando algumas fotos do prédio quartel.

Caixa Beneficiente era uma entidade para a qual os funcionários descontavam de seus slários e se destinava a prover por bens e serviços para as famílias dos guardas. ADAMS parece que era a sigla Associação...No decorrer do tempo também prestei serviços a familiares dos guardas.

Para atendimento a domicílio vinha um Jeep velho e barulhento me buscar. Reconhecia-se o barulho que fazia ao entrar na Rua Leão XIII.

Acrescentado hoje 20/02/2023

Da Dra. Rosvita Pierri Bersh

Boa tarde Dr.Achutti.

Meu pai era paulista. Veio passear em POA, gostou da cidade e resolveu procurar trabalho, conheceu meu avô Dr. Léo Stapler, médico, pai da minha mae. Foi apresentado para minha avó e mãe. Resultado: namoro e casamento.

Meu avô era austríaco. Meu sobrenome Pierri é de família italiana. Aqui no sul tem Pierri compondo o sobrenome dos meus três filhos e dois sobrinhos filhos da minha irmã Rovena (Falecida).

Sim éramos muito amigos do Dr Pompilho. Jamais me importaria de responder as suas perguntas. Aliás fico feliz em poder recordar sobre meus familiares. Tenho só três netas e só a mais  velha Mariana ( 20 anos) se interessa pela história da família. Felizmente tenho primos em Sao Paulo e duas primas nos Estados Unidos. Temos um grupo com notícias diárias. Então em São Paulo tem muito Pierri .

AA: Muito obrigado Dra. Rosvita. O nome Leo Stapler não me é extranho, mas acho que não o conheci. Fui procurar no livro do colega de turma de vocês o Claus M. Preger que escreveu em 2011 "Doktors" sobre médicos Alemães, Austríacos e Húngaros do RS, mas não encontrei o nome. Acho que ele não cobriu todos. Sabes mais ou menos quando ele morreu? Muio obrigado. Abraço. Aloyzio

Rosvita: Dr Léo Stapler veio com a família de Paris aonde residiam para o Brasil direto para Mato Grosso e lá ficou e trabalhou. Ele tinha mais dois irmãos, mas sempre foi o mais aventureiro.

Depois de alguns anos disse a minha avó: quero voltar para a “civilização” vamos de muda para Alemanha. Tarde demais. Guerra e infelizmente teve um infarto e faleceu,então não atuou em POA.

Mas o irmão Dr. Desiderio Stapler radicado em São Paulo, foi famoso cirurgião plástico. Viveu bastante e extremamente bem sucedido, excêntrico tinha um carro com carroceria de cobre e um motorista chinês. O terceiro irmão viveu em Paris e foi pioneiro no setor de cosmética, inclusive inventor do esmalte para unhas.

Agora lembrei que o irmão da minha mãe ficou viúvo e depois de muito tempo casou e teve dois filhos.O primeiro é Léo e parace que é engenheiro. O outro filho é Alex Stapler. Não tenho nenhum contato com eles.